O projeto Trabalho Coletivo, um diferencial pedagógico do Pioneiro, envolve os estudantes do 1º ao 3º ano do curso
Assim que começa o 1º ano Médio, os jovens são colocados diante de duas propostas de trabalho ligadas ao mundo científico e matemático: “Desafios” e “Censo”. Essas são as primeiras etapas do projeto Trabalho Coletivo, do qual eles vão participar, como parte do currículo acadêmico, até o primeiro trimestre do 3º ano – quando será preciso concentrar todos os esforços na preparação para o Enem e para o Vestibular.
Este ano, a garotada teve como desafio resolver questões como: para traçar uma linha de um quilômetro com uma caneta esferográfica, quanto de tinta e qual pressão seria necessário? Quantas folhas havia em uma árvore e, se colocadas essas folhas no chão, qual a área ocupada? Quantas gotas de água cabem em uma piscina olímpica e qual a massa de cada gota? Quantos fios de cabelo tem uma cabeça? Para elaborar o censo, os jovens vão lidar com ferramentas indispensáveis para entendermos e estudarmos o comportamento e as tendências dos fenômenos coletivos, diz Álvaro Vieira Neto, coordenador do Ensino Médio: “Sejam fenômenos envolvendo grupos sociais, sistemas ecológicos, sistemas de partículas ou grupos numéricos, imprescindíveis para o estabelecimento de políticas públicas, para os estudos científicos ou para formulação de sistemas econômicos”. Como resultado, têm que elaborar cartazes de divulgação.
Nesse momento, eles aprendem não apenas sobre quantificação e unidades de medidas presentes em nosso dia a dia, ressalta o coordenador, mas também aprendem a perguntar e a processar as informações coletadas. E tudo é avaliado por toda equipe docente, na última reunião do trimestre, representando 20% da média final.
No 2º ano, acontece o estudo e a pesquisa a partir de um tema mais denso e abstrato, lastreado em alguma área de conhecimentos como ciências naturais ou ciências humanas. Este ano, os estudantes tiveram que se debruçar sobre os conceitos de “público e privado”. Fizeram pesquisas, saídas a campo e produziram uma publicação.
No 3º ano, quando os jovens estão mais focados no vestibular, o Trabalho Coletivo se encerra no primeiro trimestre, com a montagem de uma “instalação artística” baseado no tema: “O que eu levo e deixo na escola”. Este ano, entre outras atrações visitadas por toda a comunidade escolar, eles montaram cenários onde alunos-atores levam os visitantes a refletir sobre as sensações. Também construíram, em uma sala de aula, um labirinto com variadas opções de caminhos a partir das escolhas feitas pelo visitante, que é levado a pensar em sua trajetória pela escola.
O projeto Trabalho Coletivo consiste, no fundo, em uma “jornada que mobiliza o conjunto de conhecimentos do aluno e o faz articular esses saberes em um todo coerente, para responder convincentemente às questões suscitadas pelos temas de cada trimestre”, ressalta o professor de Física Oscar Kudo, um dos responsáveis pelo projeto. Por isso, diz o educador, o trabalho coletivo não se relaciona com uma disciplina específica, mas acrescenta, amplia e expande os horizontes da formação geral dos alunos, preparando-os para a vida profissional e para as experiências adultas.
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