Fernanda Bocchi Balthazar
Coordenadora de Tecnologia Educacional
Mãe da Gabi e do Gu, gosta de explorar lugares novos para comer
Ultimamente, temos notado um movimento curioso ocorrendo no HUB, que antes era o Laboratório de Tecnologia do Pioneiro. Este laboratório desempenhou um papel crucial ao introduzir a informática no contexto escolar. No entanto, hoje em dia, ele vai além e atende às necessidades de uma educação que visa não apenas transmitir conhecimento, mas também reavivar o entusiasmo dos alunos em frequentar a escola e aprender. É isso que eu percebo no HUB: alunos que chegam diariamente em busca de inovação, conexão e de dar significado ao seu tempo na escola ou, muitas vezes, um lugar onde se sintam pertencentes.
É sabido que o aprendizado que envolve o uso das mãos, também conhecido como aprendizado tátil e cinestésico, é essencial no desenvolvimento cognitivo e nas habilidades motoras dos jovens. Existem várias razões pelas quais esse tipo de aprendizado é importante: o engajamento social, a experiência prática, as habilidades motoras, o estímulo à criatividade, entre outros aspectos. Jean Piaget foi um psicólogo suíço que desenvolveu a teoria do desenvolvimento cognitivo, que enfatiza a importância da experiência concreta e da interação ativa com o ambiente no processo de aprendizado das crianças. Ele destacou a importância do aprendizado por meio da manipulação de objetos e da experimentação direta como uma forma fundamental de construir o conhecimento.
Papert elaborou a teoria do construcionismo, que fundamenta-se na ideia de que as pessoas constroem conhecimento de forma mais profunda quando estão envolvidas ativamente na criação de artefatos tangíveis, como programas de computador, robôs ou outros projetos criativos. O construcionismo de Papert teve um impacto significativo na educação contemporânea, promovendo abordagens pedagógicas centradas no aluno, no aprendizado por descoberta e na integração da tecnologia no currículo escolar.
Atualmente, ficou claro que garantir o aprendizado vai além do foco apenas no produto final, sendo essencial considerar todo o processo envolvido. Carl Rogers argumenta que o aprendizado significativo ocorre quando os alunos se sentem valorizados, respeitados e compreendidos pelo seu educador. Ele defende que um ambiente educacional empático, onde os alunos se sintam seguros para expressar suas ideias e emoções, é fundamental para o desenvolvimento pessoal e intelectual.
É nessa abordagem e fundamentação que sentimos o HUB Club acontecendo. O Hub Club se transforma a cada dia em um ambiente fluído, colaborativo e ponto de encontro destinado aos alunos no período de saída e entrada. Tornou-se principalmente um espaço de descontração e diversão, um ponto de encontro, fazendo do HUB Club um ambiente acolhedor, livre, onde muitas vezes as crianças se encontram para conversar e descontrair. A aprendizagem socioemocional também é constante quando o significado é fazer parte de uma comunidade ou de um grupo maior. E é assim que o HUB Club funciona, num clima de compartilhamento, de busca por escuta ou às vezes só para prosear mesmo.
Visualizamos que o estímulo no futuro será para um ambiente onde os alunos possam explorar seus interesses e curiosidades sem limitações pré-estabelecidas. Utilizando todos os recursos disponíveis, computadores, impressoras 3D, cortadoras a laser, entre outros, que possibilitam a materialização de suas ideias. A concepção deste ambiente prioriza a liberdade de expressão e a autonomia dos alunos. Podem experimentar, cometer erros e aprender com eles, desenvolvendo assim habilidades essenciais como resolução de problemas, pensamento crítico e colaboração.
No Hub Club você pode:
– Conhecer pessoas interessantes que compartilham sua paixão por temas de tecnologia.
– Trocar experiências e discutir questões práticas.
– Experimentar ferramentas e atividades.
– Apresentar uma experiência ou pedir uma mentoria.
– Organizar outras atividades, como oficinas, mentorias, grupos de trabalho, eventos, campanhas, dentre outras ações.
– Compartilhar experiências, ideias, emoções, conversas e paixões.
Desejo que este espaço se amplie e conecte os jovens em um aprendizado humano.
