Entrevista Kleber Ojima

14 de setembro de 2023

Um dos maiores jogadores de beisebol do Brasil de todos os tempos, o arremessador Kleber Ojima prestigiou a abertura do 26º Torneio das Cores no mês de agosto. Aos alunos e alunas, na quadra coberta do Centro Educacional Pioneiro, Kleber falou da importância do esporte em sua vida e como é gratificante praticar uma atividade com dedicação e amor. 

Nascido em Campinas, no interior de São Paulo, Kleber descobriu o beisebol aos 7 anos de idade com seu pai, na época um jogador do time de veteranos da cidade. Sua primeira equipe foi o ACA Tozan, de Campinas e, aos 15 anos, se transferiu para Mogi das Cruzes, time com o qual faturou cinco títulos nacionais.

Kleber representou o Brasil nos Mundiais de 1999 e 2003 e nos Jogos Panamericanos de 2007. Em 2003, foi eleito o melhor arremessador (pitcher) do torneio. Esse reconhecimento permitiu que ele fosse contratado para jogar profissionalmente em Taiwan, onde atuou com o Cobras. Depois de nove meses, infelizmente sofreu uma lesão no ombro e teve que retornar ao Brasil para se tratar. 

De 2014 a 2017, morou no Canadá, onde teve outras experiências profissionais. Trabalhou em cozinhas de grandes restaurantes e desenvolveu o gosto pela gastronomia. “Tive a oportunidade de me reinventar”, disse em entrevista ao Pioneiro (leia a íntegra a seguir).

Atualmente, de volta ao Brasil e formado em fisioterapia esportiva, continua no ramo da gastronomia. Já foi sócio do The Pitchers Burger and Baseball, uma hamburgueria temática de São Paulo, e hoje tem um restaurante próprio, o Dōzo, localizado no bairro da Liberdade.

Sobre o beisebol, Kleber diz que aprendeu “na prática valores como trabalho em equipe, disciplina, força de vontade e superação.” Leia a entrevista completa abaixo!

PIONEIRO – De onde vem sua paixão pelo beisebol?
KLEBER OJIMA – Comecei a jogar por influência do meu pai. Ele jogava nos veteranos em Campinas e vi que tinham crianças jogando também. Não foi uma paixão à primeira vista, mas acabou se tornando uma com o tempo.

PIONEIRO – Como começou a treinar? 
KO – Comecei aos 7 anos de idade na equipe do Tozan, de Campinas, depois de ter tentado jogar vários outros esportes.

PIONEIRO – Conseguia conciliar treino e estudo?
KO – Sempre estudei na parte da manhã e deixava as tardes para treinar arremessos, rebatidas e treino físico. Treinava praticamente todos os dias.

PIONEIRO – Quando percebeu que queria se profissionalizar?
KO – Na verdade, nunca quis realmente ser profissional. Meu sonho sempre foi defender a Seleção Brasileira, mas as portas do profissionalismo se abriram naturalmente. No Brasil não temos uma cultura do esporte como em outros países como Estados Unidos ou Japão e continua sendo um sonho ter uma liga profissional no país.

PIONEIRO – Com que outras atividades já trabalhou?
KO – Sou pós-graduado em fisioterapia esportiva, mas não trabalho na área. Já fiz de tudo, atendente de restaurante, treinador de beisebol, cozinheiro etc.

PIONEIRO – Como e quando decidiu se dedicar também à gastronomia? Fez cursos, trabalhou no ramo?
KO – Quando estava encerrando minha carreira como atleta, resolvi trabalhar junto à lanchonete de um amigo pra aprender a cozinhar e a administrar um restaurante. Hoje sou um dos sócios do Dozo Restaurante com muito orgulho.

PIONEIRO – Como foi sua experiência quando morou no Canadá?
KO – De 2014 a 2017 estive no Canadá. Aprendi a abrir a cabeça para oportunidades, a sempre me reinventar. Também conheci gente do mundo todo, muitas culturas diferentes.

PIONEIRO – Que conselho daria para as crianças que querem jogar beisebol? 
KO – O principal conselho seria dar sempre o seu melhor mas, mais que isso, se divertir jogando.

PIONEIRO – O que o beisebol ensinou para você?
KO – Ensinou muitas coisas. Aprendi na prática valores como trabalho em equipe, disciplina, força de vontade e superação. Mas o maior legado do beisebol são as amizades que ficam para o resto da vida!

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