Poemas, Ritmos, Rimas e Poesia na Alfabetização

2 de outubro de 2017

Confira o relato da Professora Beatriz Okuyama do 1º ano C sobre a importância da música e da poesia como expressões da arte e como ela trabalhou poemas, ritmos, rimas e poesia no processo de alfabetização:

Através da poesia, aliada à música e pelas mãos do meu pai, que é um poeta fui inserida num contexto alfabetizador, presenteada com uma coleção de livros do Monteiro Lobato. E quando pela primeira vez fui à escola, as crianças estavam cantando, aprendendo e felizes, fiquei sensibilizada.

Ao longo dos anos ficou cada vez mai evidente para mim, ser de fundamental importância a música e a poesia como expressões da arte. Essa é uma valiosa oportunidade de transparecer as emoções vivenciadas pelas crianças como alegria, tristeza, amor, dor e trata-se também da rica possibilidade de desenvolver as habilidades lúdica, motora e auditiva. Além disso, a música e a poesia trazem um conteúdo belo para sala de aula, são também facilitadores da aprendizagem das crianças que desenvolvem uma percepção mais apurada e, ao reconhecer a diferença entre ritmos e sonoridades, tornam-se mais aptas a organizar e aprimorar a fala; a valorizar a cultura popular, por meio das parlendas; a fortalecer as experiências lúdicas que visam a formação humana e promovem o interesse pela leitura e escrita; toda essa bagagem contribui para o início do processo da construção da base alfabética.

Poemas, Ritmos, Rimas e Poesia na Alfabetização

As parlendas e trava-línguas ensinam e divertem e são de fácil memorização. Quem não reconhece “Rei capitão, soldado ladrão, moço bonito do meu coração”? Ou os trava línguas,  parlendas caracterizadas por sua pronunciação difícil: “Num ninho de mafagafos seis mafagafinhos há. Quem os desmafagamizar bom desmagafizador será…”, ou ainda as quadrinhas, ”No sítio do Zé valente/Pé de milho dá paçoca/Vaca dá doce de leite/Farinha vira mandioca.” São  famosos poemas populares.

É necessário, portanto, trabalhar com ritmos, rimas com poema e poesia, desenvolvendo a criatividade, a sonoridade e a percepção do belo. A aula que se pretende oferecer precisa sair da rotina maçante e buscar estratégias que a deixem mais dinâmica, alegre e que desperte nas crianças o  interesse em aprender.

Num momento de improvisação criamos um rap para ensinar o conteúdo de língua portuguesa – diminutivo. Depois de ensinar o tema, formal e coletivamente, os alunos seguiram o ritmo cuja letra era a seguinte: “Preste atenção vou te dizer, esse é o rap do diminutivo que você vai aprender, diz aí diz pra mim, a palavra escola, agora fica assim… escolinha”. A palavra zebra, agora fica assim… zebrinha. As crianças dançaram, pensaram e aprenderam cantando. A responsabilidade do educador no que tange o uso coerente dessas linguagens é de suma importância, pois a música, a poesia e o poema podem encantar e educar.

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