Pio realiza 2ª Corrida de Carrinho de Rolimã 

13 de novembro de 2018

Coragem e dedicação dos alunos marcaram torneio que mobilizou os alunos dos 8ºs anos

Neste último sábado, dia 10, alunos do Centro Educacional Pioneiro colocaram para rodar um brinquedo produzido por eles nas aulas de Educação Física: carrinhos de rolimã. A competição aconteceu em uma rua próxima à escola e registrou momentos de muita diversão: teve carrinho que embalou bonito até a linha de chegada e carrinho que travou e só desceu empurrado pelos colegas.

O troféu de piloto mais rápido do torneio foi para Yann Yoshida, de 13 anos, que registrou 13 segundos e 12 milésimos do início ao fim da ladeira. Ele pilotava o carrinho Walkenhorst GT3, construído por Leonardo Ono, de 13 anos, premiado pela construção do rolimã mais engenhoso. “Priorizamos a leveza e a simplicidade. Os rolamentos não eram do mesmo tamanho, então fizemos uma pequena inclinação no carrinho, o que pode ter nos ajudado a ganhar rendimento”, disse Leonardo.

Premiados: Leonardo (atrás do carrinho) e Yann (segurando um dos troféus) foram os vencedores da 2ª Corrida de Carrinho de Rolimã do Pioneiro

As demais “escuderias” também batizaram seus carrinhos com nomes inusitados: além do Walkenhorst GT3, tivemos o Uber Privado, o Dunkin Donuts, o Pizza Menos, o Shurekinho, o The Wolf, o Fuska, a Via Láctea e o Bugard Dalmata. O torneio de carrinhos de rolimã deveria ter acontecido no primeiro semestre deste ano, mas foi cancelado devido ao mau tempo.

Para os alunos, foi desafiador construir um veículo artesanal de madeira, acoplar três ou quatro rolamentos, um eixo móvel na frente e um freio manual atrás. Durante três meses, os adolescentes bateram prego, apertaram parafusos, manusearam furadeira e até serra tico tico. E então puderam testar, na prática, o que deu certo e o que poderia ter sido melhorado. “A dedicação resultou em uma atividade envolvente e que revela o cuidado de todos em cada detalhe”, informou Irma Akamine Hiray”, diretora da escola.

Os alunos pediram ajuda para os professores de artes, matemática, história, geografia e português. Foram dias de muito trabalho, com mais erros do que acertos, com furos e mais furos na madeira para posicionar a rodinha aqui e acolá. “Eles saíram em busca de soluções para problemas que encontraram”, relata a professora Marcia Sacay, coordenadora de Ciências e Inovadoria da escola, que acompanhou o projeto.

Para dar início aos trabalhos, os alunos mergulharam na história do carrinho de rolimã: que brinquedo era aquele, de tanto sucesso na década de 40? De que material era feito e qual a melhor maneira de produzir um exemplar que funcionasse? Essa etapa exigiu resgate do conhecimento empírico dos avós e de referências em vídeos da internet.

Em pouco tempo, a turma reuniu informações, mas começou a notar as dificuldades de trazer o projeto teórico para o mundo real. Meninos e meninas perceberam que a altura da chapa de madeira altera a estabilidade do carrinho e que a posição do assento depende do estilo de pilotagem. E aí… voltaram a recalcular, reprogramar, observar os acertos do grupo ao lado, pensar em uma nova solução.

Na véspera do evento, os alunos tiveram uma aula de revisão das “máquinas” o que resultou em menos quebras do que no ano anterior. “Eu me sinto muito realizado ao ver as crianças brincarem com algo que elas próprias construíram”, diz o professor de educação física Maurício Caires Brito. “Elas precisam se conectar ao trabalho manual e não podem perder as habilidades corporais”, afirmou o professor. As turmas do sétimo ano que se preparem: no ano que vem tem mais!

Acesse o álbum de fotos clicando aqui.

 

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