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Explorar a cidade, construir conhecimento: o 1º ano no centro de São Paulo

15 de abril de 2025

No dia 10 de abril, os estudantes do 1º ano do Ensino Médio participaram de uma atividade do Itinerário Formativo Cidade e Conexões: um estudo do meio no centro histórico de São Paulo. A proposta faz parte de um conjunto de vivências que buscam ampliar o repertório cultural e crítico dos jovens, conectando o conteúdo trabalhado em sala de aula com a realidade concreta da cidade e suas dinâmicas sociais, históricas e urbanas.

Mesmo com a chuva, o grupo percorreu diferentes marcos da capital paulista, construindo um olhar atento sobre o espaço urbano e os processos que moldaram sua formação. O trajeto incluiu visitas à Praça da Sé (com a Catedral e a Igreja do Carmo), à biblioteca da Faculdade de Direito do Largo São Francisco — a mais antiga do país, ao lado da de Olinda —, ao Pateo do Collegio (onde o grupo pôde visitar a cripta da antiga igreja e assistir a um recital de violão), à Ladeira General Osório, à Várzea do Carmo e às margens do rio Tamanduateí, com parada no Mercado Municipal.

Do alto do Viaduto do Chá, sobre o vale do Anhangabaú, a chuva revelou o porquê do título “cidade da garoa”. Ainda assim, a caminhada foi marcada por descobertas e reflexões. Um dos destaques da atividade foi a visita monitorada ao interior do Teatro Municipal, onde os estudantes conheceram mais sobre a história, a arquitetura e os bastidores de um dos principais patrimônios culturais do Brasil. O almoço coletivo no Mercado Municipal também contribuiu para o fortalecimento dos laços entre o grupo e para a imersão na cultura gastronômica da cidade.

Mais do que uma aula ao ar livre, o estudo do meio é uma prática formativa que reforça o protagonismo estudantil no processo de aprendizagem. Ao sair da escola e ocupar o espaço urbano como campo de estudo, os jovens exercitam a observação, a reflexão e a análise crítica. A experiência amplia horizontes, estimula a autonomia e permite que o conhecimento seja construído de forma ativa, viva e contextualizada.

A partir de um olhar interdisciplinar, a atividade abordou aspectos históricos, geográficos, culturais e sociais. A história foi resgatada por meio de uma perspectiva decolonial sobre os monumentos, a arquitetura e as narrativas presentes nas paisagens do centro. Já o olhar geográfico esteve voltado à compreensão das dinâmicas socioespaciais e econômicas que constituem e transformam a cidade ao longo do tempo.

O estudo do meio reafirma a importância de uma educação conectada com o mundo. É no encontro com o território e com as múltiplas vozes que o habitam que o conhecimento ganha sentido — e os estudantes, mais instrumentos para interpretar, questionar e transformar a realidade.

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