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Em casa: coordenadora da Educação Infantil dá dicas sobre aprendizagem

20 de abril de 2020
Débora Martins, coordenadora da Educação Infantil e 1ºs anos

As mudanças impostas pela quarentena foram muito rápidas, e em pouco tempo a sociedade teve que reorganizar suas relações, tempos e afazeres. Muitas famílias estão, pela primeira vez, convivendo em tempo integral por muitos dias seguidos. No entanto, o trabalho e a escola continuam, mesmo que de maneira remota e, por isso, uma nova dinâmica teve que ser pensada.

Para quem tem filhos pequenos, um dos maiores desafios é conciliar obrigações profissionais com o cuidado com as crianças. Troca de fraldas, alimentação, brincadeiras, culpa pelo tempo passado em frente à televisão, orientar nas atividades propostas pelas professoras… é muita coisa ao mesmo tempo, e pode dar a sensação de que não se está conduzindo o aprendizado dos filhos adequadamente em meio a esse turbilhão de emoções e deveres.

Débora Martins, coordenadora da Educação Infantil e 1ºs anos, acalma os pais e responsáveis com algumas dicas e lembretes para ajudar as crianças do Infantil durante o isolamento.

A família não é um substituto do professor
Já estamos com uma carga de autocobrança muito alta e, em momento algum, os pais devem se impor o papel de professores. Não é preciso assumir mais essa responsabilidade. “Deve haver uma aproximação maior entre escola e família devido à situação. A parceria da escola e família sempre existiu, mas agora esse laço é diferente”, comenta Débora.

Professora do Infantil conversa com alunos por videoconferência

Semanalmente, professores enviam às famílias do Infantil sugestões de atividades, vídeos de histórias e música. O material traz brincadeiras com a intencionalidade de permitir à criança “desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nos quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC, página 37).

No entanto, é válido ressaltar que essas experiências, embora potencializadas se em um ambiente de convívio social como a escola, ocorrem a todo momento no cotidiano familiar. A hora da leitura, fazer um bolo juntos, sentar por 5 minutos para brincar olho no olho, tudo isso desperta na criança curiosidade, faz com que ela estabeleça conexões e promove a autoestima. Em outras palavras, as crianças aprendem enquanto vivem e convivem.

Atividades do dia a dia são momentos de aprendizado para as crianças

Ambiente
Se a criança tiver um espaço destinado às atividades escolares, fica mais fácil para ela associar os momentos de estudo. A escola funciona também como um espaço de referência para ela – um espaço que, por ora, não está mais disponível. Por isso, reservar um cantinho, uma mesa, um cômodo para remeter a esses momentos, ajuda a criança a entender as atividades que irá realizar.

Um espaço para realizar atividades é importante para a criança

Qualidade não é quantidade
A proposta não é lotar a agenda da criança de atividades escolares. Mesmo porque, nessa idade, elas necessitam da mediação de um adulto e nem sempre temos disponibilidade devido às obrigações do dia a dia. Os pais precisam pensar sobre esse tempo, pois 20 minutos com a criança podem ser muito produtivos e significativos desde que todos estejam inteiramente com o(a) filho(a).

Não é preciso sentir culpa por passar pouco tempo com os filhos, desde que seja por inteiro

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