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Tutoria: espaço da escuta ativa e da convivência ética

18 de outubro de 2019

Mario Fioranelli, professor de Geografia e coordenador de Humanidades
Renato Ranieri, professor de História


As relações sociais estão historicamente em constante transformação, em uma relação dialética, de tensão, com as tecnologias digitais e não digitais, que afetam e são afetadas pela sociedade. No entanto, nesse cenário coletivo, não é apenas a tecnologia que aparece como protagonista, outros componentes sociais (economia, cultura, valores morais, justiça, igualdade e tantos outros) interferem nessas relações tornando-as ainda mais complexas.

A escola é um dos importantes palcos onde o ser humano, em especial as crianças e os adolescentes, desenvolve o contato com o outro e é, portanto, um local potente para fortalecimento da convivência ética. Assim, nos últimos anos o trabalho da tutoria no Ensino Fundamental II tem olhado para isso e procurado, por meio de intervenções individuais e coletivas, ajudar na construção de um ambiente em que prevaleça o respeito e o cuidado com o(a) outro(a). 

A preocupação com a educação integral (que olha o(a) aluno(a) como um todo, inclusive em suas relações sociais) encontra respaldo no olhar acadêmico para a educação, tanto nas grandes universidades brasileiras (USP, Unicamp e Unesp), como em outros países, como Espanha e Portugal, onde o papel do tutor está presente em muitas escolas, fortalecido por políticas públicas que amparam um olhar integral e escuta ativa. Dessa forma, o papel da tutoria no Pioneiro se dá principalmente na prevenção da ocorrência do bullying, pois a construção de relações mais saudáveis e respeitosas reduz a possibilidade de sua ocorrência.

Extrapolando nosso universo escolar e pensando em nosso país, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz como desafio a todas as escolas brasileiras o desenvolvimento de algumas competências gerais, importantes na formação cidadã dos indivíduos e também relevantes nas futuras relações profissionais que esses(as) alunos(as) exercerão. Dentre essas competências, quatro dialogam com a formação social dos(as) alunos(as):  trabalho e projeto de vida; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania. O que nos leva a concluir que o fortalecimento de relações pautadas pela ética e respeito são necessárias no presente e ecoarão no futuro.

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