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Bullying e cyberbullying: conscientizar para agir

21 de outubro de 2019

Débora Sebriam, coordenadora pedagógica de Tecnologia Educacional


Educação e cidadania digital se aprendem em casa e na escola! Essa visão de integração tem norteado nosso trabalho no Centro Educacional Pioneiro desde 2011, ano em que iniciamos esse importante debate com nossos estudantes, colaboradores e famílias. Nosso foco de trabalho é a sensibilização, o protagonismo e o compartilhamento do nosso aprendizado colaborativo com toda a comunidade escolar. 

A sociedade do século XXI e as novas relações que estabelecemos por meio das conexões digitais empregaram novos desafios à escola e às famílias e envolvem um olhar atento a temas como vigilância, privacidade, proteção de dados pessoais e bullying/cyberbullying. 

Situações relacionadas à prática de bullying e cyberbullying no âmbito escolar têm se tornado recorrentes e, de acordo com a Unicef, atinge uma em cada três crianças entre 13 e 15 anos. É necessário encarar esse problema com ações de conscientização, acolhimento e incentivo às vítimas a denunciarem seus agressores. O dia 20 de outubro é conhecido mundialmente como uma data de intensificação sobre o debate em relação ao tema.  

“Os sinais acabam sendo dados pela criança ou adolescente e cabe a nós, educadores e famílias, estarmos sempre atentos para acolher e mediar”

O bullying é caracterizado pela prática de violência física ou psicológica, intencionais e repetidas, contra uma pessoa indefesa. Quando cometido por meios digitais, essas práticas podem ganhar repercussões ainda maiores, em um fenômeno conhecido como cyberbullying. Existem várias classificações para o bullying/cyberbullying, sendo elas:

  • Verbal: quando o bullying acontece por meio de palavras de baixo calão, apelidos e insultos.
  • Moral: associado ao bullying verbal, ele ocorre através de boatos, difamações e calúnias.
  • Físico: quando o bullying envolve agressões físicas.
  • Psicológico: quando o bullying envolve aspectos que afetam o psicológico, por exemplo, chantagem, manipulação, exclusão, perseguição, etc.
  • Material: quando o bullying é definido por ações que envolvem roubo, furtos e destruição de objetos pertencentes a alguém.
  • Sexual: nesse caso, o bullying é cometido por meio de abusos e assédios sexuais.

Em muitos casos, os sinais acabam sendo dados pela criança ou adolescente e cabe a nós, educadores e famílias, estarmos sempre atentos para acolher e mediar as distintas situações que podem se apresentar. Caso se perceba alguma diferença brusca no comportamento, como isolamento, agressividade, queda repentina no desempenho escolar, falta de apetite, recusa em ir para escola, é importante ter uma conversa franca com a pessoa que foi agredida. Estabelecer uma relação de diálogo rotineira é a principal prática que pode ajudar as famílias a identificar o problema. 

No Pioneiro, sempre tratamos essa questão com muita seriedade por meio de um trabalho permanente de conscientização, prevenção e combate a qualquer indício de práticas de bullying e/ou cyberbullying através do nosso projeto de internet segura e cidadania digital. Nosso trabalho é pautado no engajamento de alunos, professores e famílias; no debate sobre as relações estabelecidas pela tecnologia e na mediação de conflitos. 

Para além do trabalho de sensibilização com as famílias e alunos do Ensino Fundamental II e Médio, neste ano ampliamos nosso projeto de educação digital em um trabalho integrado realizado durante todo o ano letivo no Ensino Fundamental I, com as professoras especialistas e Tecnologia Educacional. Nosso temas de estudo foram bullying/cyberbullying, como proteger os dados pessoais, segurança ao navegar, riscos digitais e como posso me defender nos jogos online e nas redes sociais das quais participo. Nossos alunos são estimulados a pôr a mão na massa e estão criando uma campanha de conscientização sobre esses temas usando distintas linguagens com o uso de tecnologia digital que serão expostos no fim de novembro e durante o hackathon que ocorrerá na semana de tecnologia. 

É papel da escola e das famílias participar e orientar! Vamos juntos?

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